Winston Churchill, antigo primeiro-ministro britânico que conseguiu unir uma nação sob bombardeamento, defendia a ideia de integração europeia e foi um dos primeiros a apelar à criação dos «Estados Unidos da Europa».
Vida e carreira
Quando pensamos em Winston Churchill, é possível que a primeira imagem a vir à mente seja a de um homem imponente a fazer o sinal de vitória e a fumar um charuto. Esta representação popular é apenas uma das facetas do antigo oficial do exército, repórter de guerra e primeiro-ministro britânico. Churchill foi um dos muitos líderes que, pela sua experiência da guerra, acreditava que somente uma Europa unida poderia garantir a paz.
Uma visão para a Europa
No seu discurso na Universidade de Zurique em 1946, Churchill exortou os europeus a virarem as costas aos horrores do passado e a olharem para o futuro. Declarou que a Europa não se poderia dar ao luxo de continuar a arrastar o ódio e o desejo de vingança suscitados pelas feridas do passado. Para Churchill, a primeira medida para reconstituir a «família europeia» da justiça, da clemência e da liberdade seria construir uma espécie de Estados Unidos da Europa. «Só dessa forma centenas de milhões de trabalhadores podem recuperar as alegrias e esperanças simples que dão sentido à vida».
Intervenção de Winston Churchill em Zurique, a 19 de setembro de 1946.
Intervenção de Winston Churchill em Zurique, a 19 de setembro de 1946
... temos de recrear a família europeia numa estrutura regional, a que talvez se possa chamar os Estados Unidos da Europa, e o primeiro passo prático para tal será a constituição de um Conselho da Europa. Mesmo que, no início, nem todos os Estados europeus estejam dispostos ou possam juntar-se a nós, temos de começar por reunir e conjugar os esforços daqueles que querem e podem fazê-lo.
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